DIRETOR: Sergei Ensenstein
ELENCO: Alexander Antonov, Vladimir Barsky, Grigory Alexandrov, Marusov, Mikhail Gomorov
ANO DE PRODUÇÃO: 1925
RESUMO
O Filme retrata a Revolução de 1905 na Rússia Czarista. País atrasado que iniciava seu desenvolvimento industrial graças aos investimentos estrangeiros, possuía um governo autocrático, com o poder centralizado nas mãos do Czar. Apesar de não possuir uma estrutura imperialista, seu comportamento em nível de política externa se assemelhava ao das grandes potencias, ou seja, procurava conquistar mercados, colonizando-os.
A tentativa de ocupar a Manchúria determinou o início da Guerra Russo-japonesa, que representou um desastre para a já combalida economia russa. Nesse contexto é que encontramos as grandes manifestações da época, como o "Domingo Sangrento", a formação dos sovietes e a revolta dos marinheiros no porto de Odessa.
A história que está sendo contada é emocionante: em 1905, marinheiros de um navio do Czar rebelam-se contra a tirania de seus comandantes e assumem o controle do Potemkin. A população de Odessa apóia a revolta. As forças repressoras do regime czarista esmagam o movimento com violência desmedida.
A produção artística russa, incluindo o cinema, depois da revolução de 17 adotou um modelo conhecido como "realismo socialista", foi financiado pelo estado e tinha como objetivo divulgar uma ideologia nova, uma outra forma de ver o mundo, apoiada em estudos teóricos (inacessíveis para o cidadão comum), mas com propostas bem concretas (e radicais) para a economia do País. Ao mesmo tempo vale lembrar que a ditadura stalinista está se iniciando e ainda não existe uma política acabada para a cultura, garantindo certa liberdade a artistas e intelectuais.
Em "O Encouraçado Potemkin", a ideologia do realizador está presente em cada fotograma; contudo, não na forma de panfleto sectário, e sim como retrato da intolerância humana, de qualquer origem ou período histórico. Eisenstein era um artista, além de ser um revolucionário. E por isso o filme sobreviveu. Contudo, não dá pra esquecer que sua obra é tão poderosa porque estava impregnada de uma visão de mundo, de uma vontade imensa de falar sobre esse mundo e, mais do que isso transformá-lo.
Biografia do diretor
Eisenstein nasceu em Riga, na Letônia, mas sua família mudava-se com frequência nos seus primeiros anos, como Eisenstein continuou a fazer ao longo de sua vida . Ele nasceu em uma família de classe média. Seu pai era um arquiteto e sua mãe era filha de um próspero comerciante.Julia deixou Riga no ano da Revolução de 1905, levando Sergei com ela para São Petersburgo.
Em 1920 Eisenstein mudou-se para Moscou e começou sua carreira no teatro trabalhando em Proletkult.suas produções receberam os títulos Máscaras de Gás, Ouça Moscou e Estupidez Suficiente em cada Homem Sábio, Eisenstein trabalharia então como designer de Vsevolod Meyerhold. Em 1923, Eisenstein começou sua carreira como um teórico, escrevendo A Montagem das Atrações para o jornal LEF.O primeiro filme de Eisenstein, O Diário de Glumov, também foi feito no mesmo ano com Dziga Vertov contratado inicialmente como um "instrutor". O filme fez parte da sua produção teatral O Homem Sábio.
Criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica.
Com 26 anos fez “A greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Encouraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "Cidadão Kane", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.[21]
Graças ao sucesso extraordinário do “O Encouraçado Potemkin”, foi chamado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que seus projetos não decolavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros.
Desolado, o cineasta voltou para seu país, mas nem a imprensa o perdoava por seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Quando sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu a ordem de filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. E, assim como já fizera no “Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, Eisenstein começou “Ivã, o Terrível”, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou. O cineasta morreu de ataque cardíaco em 1948 em Moscou.
Filmografia: - “A greve” (1924)
- “O Encouraçado Potemkin” (1925)
- “Outubro” (1927)
- “A linha geral” (1929)
- “Que viva México” (1931) - inacabado
- “O prado de Bezhin” (1935) – inacabado
- “Alexandre Nevski” (1938)
- “Ivã, o Terrível” (1944/45) – em duas partes
1923 | Dnevnik Glumova | O Diário de Glumov | O Diário de Glumov | |
1924 | Statchka | A Greve | A Greve | |
1925 | Bronenosets Potiomkin | O Encouraçado Potemkin | O Couraçado Potemkine | |
1927 | Oktiabr | Outubro | Outubro | |
1928 | Gueneralnaia Linnia | A Linha Geral | A Linha Geral | |
1929 | Sturm uber la sarraz | curta-metragem | ||
1930 | Romance sentimentale | curta-metragem | ||
1931 | Da Zdravstvuiet, Meksika! | Que Viva México! | Que Viva México! | inacabado |
1935 | Bejin Lug | O Prado de Bejin | O Prado de Bejine | inacabado |
1938 | Aleksandr Nevski | Alexandre Nevski | Alexandre Nevski | |
1939 | Ferghana canal | |||
1943 | Seeds of freedom | |||
1944 | Ivan Groznii I | Ivan, o Terrível - Parte I | Ivan, o Terrível - Parte I | |
1945 | Ivan Groznii II | Ivan, o Terrível - Parte II | Ivan, o Terrível - Parte II |
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